Porque misturar as finanças pessoais e empresariais pode te levar à falência!

A vida do empreendedor não é nada fácil: contas a receber e a pagar, lidar com clientes, fornecedores, gerir a agenda e por aí vai… Mas em meio a tanta movimentação, como é que sobra tempo pra gerir as finanças?

Aliás, porque que não devemos misturar as contas pessoais com as da empresa, já que parece ser tudo uma coisa só?

Quando tudo está misturado é mais difícil detectar o verdadeiro problema que pode levar a uma crise financeira. Se as contas por aí não estão fechando, como saber se isso está acontecendo por conta de um gasto pessoal acima da capacidade da empresa ou porque a empresa está com uma lucratividade baixa ou com a formação de preços inadequada?

Quando não se conhece a razão do desequilíbrio financeiro, fica muito mais difícil agir para corrigi-lo. E esse é exatamente um dos principais motivos para tantas empresas falirem.

No mundo ideal, mesmo que você trabalhe sozinho, a gestão do dinheiro da vida pessoal e dos negócios deve acontecer de maneira separada. Essa separação proporciona uma maior previsibilidade quanto à saúde financeira da sua atividade profissional, permitindo, por exemplo, tomar decisões mais seguras em relação ao pagamento de fornecedores e a respeito de novos investimentos.

Quando o dinheiro está concentrado em um único lugar, fica mais difícil entender se o valor que está na conta deve ser poupado para pagar o fornecedor ou se você pode gastá-lo viajando no final de semana ou mesmo comprando uma roupa nova.

Ter um valor que corresponda à sua remuneração como salário vai te trazer maior segurança financeira, pois você saberá exatamente com qual montante poderá contar todos os meses, inclusive para poder programar as suas despesas pessoais como viagens, por exemplo.

Se você ainda não tem esse tipo de separação, essa é uma ótima oportunidade para praticá-la!

Quer saber por onde começa? Vou te deixar três dicas aqui pra te ajudar nesses primeiros passos:

1. Mantenha contas correntes específicas pra lidar com cada um desses dinheiros: uma para a vida pessoal e outra para a empresa. Assim, todos os recebimentos e gastos que se referem à sua atividade profissional devem ser encaminhadas para a mesma conta e uma vez por mês você pode realizar uma retirada que vai corresponder ao seu pagamento de salário.

2- Entenda o fluxo de caixa empresarial para programar entradas e saídas de acordo com os seus recebimentos. Esse controle é que vai apontar o melhor dia para a retirada do seu “salário”.

3- Atenção no momento de estipular o valor para sua remuneração. Ela deve ser estabelecida com base na possibilidade de pagamento da sua empresa, e não necessariamente no quanto você acha que deveria receber. Afinal de contas, se você precisasse pagar outra pessoa para fazer o que você faz hoje, qual seria a remuneração que sua empresa poderia pagar sem comprometer a saúde do caixa? Uma resposta coerente vai te ajudar a estabelecer o valor adequado.

Você vai precisar de paciência e dedicação para dar esses primeiros passos, mas a prática e a intimidade com o seu orçamento vão te direcionar para os ajustes necessários e te trazer os benefícios que você busca.

Até hoje, não tive nenhum caso de cliente que tenha experimentado essa separação, que tenha se arrependido. Então me dê esse voto de confiança e faça essa mudança por você.

Seu bolso e o da sua empresa agradecem!

Até a próxima!

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